sexta-feira, 30 de junho de 2017

Palácio Avenida

Palácio Avenida

Palácio Avenida

Palácio Avenida

Palácio Avenida

O Palácio Avenida foi construído entre 1927 e 1929 pelo imigrante sírio-libanês Feres Mehry (1879-1946).
Em 1928 o prédio já estava pronto e é possível verificar isso por meio de avisos e comunicados publicados nos jornais, como é o caso no jornal “O Dia” de 6 de novembro de 1928 onde a Inspectoria do Serviço de Povoamento informa transferiu a sede para o edifício no dia primeiro de novembro. No mesmo jornal tem um aviso do Dr. Antonio Mesiano informando aos “clientes e amigos” da transferência do seu consultório.

O que ainda estava em fase de acabamento era o Theatro Avenida, casa de espetáculos teatrais e cinema com capacidade para quase 2.000 pessoas, que foi arrendado por J. Muzzilo & Filhos. O teatro foi inaugurado no dia 9 de abril de 1929, às 14 horas e a noite foi apresentado o espetáculo “Rio-Paris” pela companhia de revistas Tró-ló-ló.
O Cine Avenida fechou as suas portas no final dos anos 1980.

O Palácio Avenida era um edifício de uso misto, residencial e comercial. Tinha trinta apartamentos residenciais e diversos escritórios. No térreo abrigou muitas lojas e outros negócios ao longo de sua história.

Desde o início houve uma certa polêmica sobre a autoria do projeto. O jornal “A República” fez uma entrevista com os senhores Pedro Bergonse e Bernardino de Oliveira, onde não mencionaram Valentim de Freitas. Na entrevista dizem que o projeto foi feito pelo engenheiro Bernardino de Oliveira e a construção pela empresa Bortolo Bergonse & Cia, da qual o senhor Pedro era um dos sócios. O Sr. Bernardino também menciona o nome de Amadeu Bipho, que foi o mestre de obras e que trabalhava para os Bergonse.

No dia 13 de abril de 1929 o jornal “O Dia” publicou uma nota pequena, com o seguinte teor:

“O CASO DO PALÁCIO AVENIDA
O dr. Valentim de Freitas reivindica um seu direito
Ha dias a nossa collega “A República”, em uma reportagem que publicou, dissera que a construcção do Palacio Avenida fora ideado, planejado e construido pelo sr. Bernardino de Oliveira. Tendo essa noticia chegado ao conhecimento do dr. Valentim de Freitas, o conhecido e conceituado architeto, á cuja competencia devemos as plantas do formoso predio de nossa terra, estev hontem elle em nossa redacção e pediu-nos fisessemos a seguinte retificação; “A planta para a construcção do alludido predio, inclusive o Theatro, é de sua exclusiva autoria, tendo sido devidamente approvada pela Prefeitura Municipal. O sr. Bernardino não é o auctor dessa planta. Na qual apenas incluiu algumas modificações, que a alguns poderão parecer melhores, não se dando o mesmo com outros:
O dr. Valentim de Freitas documentou o que allegou, exhibindo uma copia da planta em execução, com todas as formalidades legaes.”

Acho, baseado nos vários artigos que li, que quem fez o projeto arquitetônico foi o arquiteto Valentim de Freitas e que Bernardino de Oliveira foi o engenheiro contratado por Feres Mehry para fazer o projeto de engenharia, o acompanhamento e a fiscalização da obra, que foi executada pela firma Bortolo Bergonse & Cia.

Ao longo dos anos, muitas pessoas residiram no prédio e muitos negócios estiveram instalados nele, que tinha (e ainda tem) uma localização privilegiada no centro da cidade.

Em 1968 o edifício foi adquirido pelo extinto Banco Bamerindus, que o reformou, mantendo a fechada, em um trabalho de excelente qualidade. O prédio foi reaberto em 1991. Rubens Meister e Elias Lipatin Furman foram os responsáveis pelo projeto de reforma/restauro.

O Palácio Avenida, localizado na esquina da Avenida Luiz Xavier com a Travessa Oliveira Bello, é uma Unidade de Interesse de Preservação.

Referências:

quinta-feira, 29 de junho de 2017

O povo que dança

jovens dançando no Museu Oscar Niemeyer

jovens dançando no Museu Oscar Niemeyer

jovens dançando no Museu Oscar Niemeyer






jovens dançando no Museu Oscar Niemeyer

jovens dançando no Museu Oscar Niemeyer

Gosto de assistir esse grupos que passam o domingo dançando no grande vão livre do Museu Oscar Niemeyer, usando os vidros como espelho. De certa forma, já fazem parte das atrações permanentes do museu.

Para quem, em termos de de dança, tem dois pés esquerdos; assistir toda aquela demonstração de agilidade, destreza, coordenação e energia é um show.

Publicação relacionada:
Edifício Presidente Humberto de Alencar Castelo Branco

quarta-feira, 28 de junho de 2017

Casa da Criança

Casa da Criança

Casa da Criança

Casa da Criança

Casa da Criança

Casa da Criança

A antiga Casa da Criança foi projetada pelo engenheiro civil Emir D’Avila.
Em estilo modernista, era parte do conjunto de obras do Centro Cívico idealizado pelo governador Bento Munhoz da Rocha Neto para, entre outras coisas, comemorar o centenário da emancipação política do Paraná, ocorrido em 1953.

Localizado na Avenida Cândido de Abreu, em frente a atual prefeitura, era um grande centro de puericultura e creche destinada, principalmente, aos filhos de funcionários públicos.

O prédio, que no projeto original deveria ter três andares, com o tempo passou a ter outros usos. Foi sede regional da Legião Brasileira de Assistência - LBA e hoje é usado pelo poder judiciário.

Não consegui encontrar um desenho original, mas estou desconfiado que o térreo não era fechado como hoje. Construção sobre pilotis e espaço aberto combina mais com a arquitetura modernista.

O prédio é tombado pelo Patrimônio Cultural do Paraná como parte do conjunto urbano e edificado do Centro Cívico.

terça-feira, 27 de junho de 2017

Gymnasio Paranaense

Gymnasio Paranaense
Gymnasio Paranaense
Gymnasio Paranaense
Gymnasio Paranaense
Gymnasio Paranaense
Gymnasio Paranaense

O prédio do Gymnasio Paranaense foi inaugurado em 24 de fevereiro de 1904.
Antes o Gymnasio Paranaense funcionava na Rua Emiliano Perneta (antiga Rua Aquidaban) junto como o atual Instituto de Educação do Paraná. Mais tarde, em 1943, ele virou o Colégio Estadual do Paraná, que em 1959 foi transferido para a sede atual, na Avenida João Gualberto.

O jornal “Diário da Tarde” daquele dia publicou a seguinte nota:

“Foi hoje, á uma e meia da tarde, inaugurado o novo edificio do Gymnasio Paranaense e Escola Normal, sito a Rua Borges de Macedo.
Usou da palavra o dr. Cerqueira que, em nome do governador, entregou o edificio inaugurado ao dr. Octavio do Amaral, e este, em pequena allocução, entregou ao director da instrucção publica o referido estabelecimento.
Durante a solenidade tocou a banda musical do regimento de segurança.”

O prédio está localizado na Rua Ébano Pereira (antiga Rua Borges de Macedo), em frente a Praça Santos Dumont. É um bem tombado pelo Patrimônio Cultural do Paraná e uma Unidade de Interesse de Preservação. Atualmente é ocupado pela Diretoria de Assuntos Culturais da Secretaria de Estado da Cultura.

No livro “Espirais do Tempo” o prédio é assim descrito:

“Exemplifica, o antigo ginásio, o ecletismo de vocabulário neoclássico: composição simétrica, monumentalidade através do destaque de um corpo central, colunas greco-romanas e platibanda vazada no coroamento das fachadas.
O prédio é sublinhado pelo torreão central, destacando, em planta, ao avançar em relação ao conjunto, e em elevação, ao sobrepor-se à massa do edifício. A composição dos vãos obedece a duas diretrizes: no térreo, retangulares; no andar superior, arrematados em arco pleno. Colunas de capitel ladeiam os vãos do andar superior. Vale mencionar, internamente, o espaço central, de duplo pé-direito, coberto por clarabóia que cumpre o papel de área de circulação e distribuição, abrindo para ele as salas, dispostas à sua volta. No andar superior a circulação é feita por uma passarela, que sustentada por colunas de ferro desenvolve-se à volta do vazio desta área. São também metálicos o guarda-corpo dessa circulação e a armação da clarabóia. As paredes são de alvenaria de tijolo, possuindo as externas revestimento à bossagem, que confere ao edifício uma austeridade peculiar aos edifícios públicos da época.”

Publicações Relacionadas:
Instituto de Educação do Paraná
Colégio Estadual do Paraná

Referência:

segunda-feira, 26 de junho de 2017

Outra casa de madeira

Outra das casas de madeira de Curitiba

Hoje, mais uma da série de casas de madeira. Esta, localizada no Bacacheri e pintada de verde tem um estilo bastante usado nesse tipo de casa. Na fachada, uma varanda com uma porta que provavelmente dá para um sala e uma janela que possivelmente é de um quarto.

domingo, 25 de junho de 2017

Outra agência do antigo Bamerindus

Outra agência do antigo Bamerindus

Mais uma das agências do antigo Banco Bamerindus. Esta localizada na Avenida Cândido de Abreu, esquina com a Rua Lysimaco Ferreira da Costa.
O extinto Banco Bamerindus construiu diversas agências em estilo modernista na cidade, muitas delas projetadas por arquitetos famosos.
Sobre esta, descobri que foi inaugurada em 1975 e construída pela EBR Engenharia, mas não consegui descobrir que a projetou. Gostaria muito de ter uma relação dos arquitetos que projetaram as agências do Bamerindus no cidade. De um modo geral são todas muito bonitas.

Publicações relacionadas:
Um banco e os seus prédios
Uma agência bancária projetada por Rubens Meister
Mais uma agência bancária do extinto Bamerindus

sábado, 24 de junho de 2017

A casa com olhos e boca

A casa com olhos e boca

Este grafite ocupa toda a fachada de um bar na Rua Trajano Reis. Que chama a atenção, lá isso chama. E a brincadeira com os olhos e a boca é divertida.

sexta-feira, 23 de junho de 2017

Uma casa com traços do colonial

Uma casa com traços do colonial

Esta casa na Rua Presidente Carlos Cavalcanti é uma Unidade de Interesse de Preservação.
Mesmo com algumas alterações a casa é bem interessante. Ela tem algumas características que lembram as casas coloniais, mas provavelmente é mais nova. A decoração é mais elaborada e as coloniais mesmo tendiam a não ter qualquer decoração. Compare com a Casa Romário Martins.
Mais uma vez, não consegui informações sobre ela. Uma pena. Parece guardar histórias interessantes.

quinta-feira, 22 de junho de 2017

Pequenos detalhes que fazem diferença

Casa no alto do São Francisco

Detalhe da janela de casa no alto do São Francisco

Pela aparência imagino que esta casa no alto do São Francisco tenha sido construída por volta dos anos 1950.
Muito bem conservada, tem uma fachada relativamente simples, mas alguns detalhes acabam tornando a casa interessante. Como as grades, que com um pouco de imaginação e desenho deixam de ser uma coisa sem graça. Outros detalhes, como a pequena luminária, os vasinhos na calçada e as colunas pintadas de cor diferente, fazem com que ela saia do lugar-comum.
Quando ando pela cidade gosto de observar esses pequenos detalhes.

quarta-feira, 21 de junho de 2017

Comendador Araújo 598

Casarão na Rua Comendador Araújo 598

Casarão na Rua Comendador Araújo 598

Detalhe de casarão na Rua Comendador Araújo 598

Mais um dos casarões na Rua Comendador Araújo. Este na esquina com a Rua Desembargador Motta.
O casarão é uma Unidade de Interesse de Preservação e toda a paisagem urbana da Comendador Araújo, entre a Rua Desembargador Motta e a Rua Benjamin Lins é tomabada pelo Patrimônio Cultural do Paraná.

terça-feira, 20 de junho de 2017

Época de vergamota (mimosa, mexerica …)

Pé de vergamota (mimosa, mexerica …) carregado de frutas maduras.

Além do pinhão esta é a época das frutas cítricas.

O clima esse ano foi adequado, pois os pés nos quintais da cidade estão carregados. E a vergamota  está uma delícia.
Sim, hoje em dia tem qualquer fruta em qualquer época do ano. É só uma questão de preço. Mas colher a fruta e comer junto ao pé é outra coisa.

segunda-feira, 19 de junho de 2017

Mais uma casa de madeira com fachada de material

Casa de madeira com fachada de material

Casa de madeira com fachada de material

Mais uma simpática casa de madeira com fachada em material. Esta na Rua Desembargador Clotário Portugal. Lembrando que a legislação exigia que as casas de madeira com a fachada rente ao alinhamento da rua tinham que ter fachada de material.

domingo, 18 de junho de 2017

José Bonifácio 135

Edifício eclético na Rua José Bonifácio, 135 em Curitiba

Detalhes da fachada de edifício eclético na Rua José Bonifácio, 135 em Curitiba

Edifício eclético na Rua José Bonifácio, 135 em Curitiba

Edifício eclético na Rua José Bonifácio, 135 em Curitiba

Este pequeno edifício na Rua José Bonifácio, bem na saída (ou entrada) da Galeria Júlio Moreira, costuma aparecer bastante na mídia, mas de lado.
Isso por causa de uma painel de Poty Lazzarotto (1924-1998) instalado na lateral voltada para a Travessa Nestor de Castro. Mas a fachada dele, em estilo eclético tem um decoração bem elaborada e bonita.
O edifício é uma Unidade de Interesse de Preservação.

Publicação relacionada:
A feira do Largo da Ordem em um painel de Poty Lazzarotto

sábado, 17 de junho de 2017

Claudino dos Santos

Herma em homenagem a Claudino dos Santos

Busto de Claudino dos Santos

Placa no pedestal do busto de Claudino dos Santos

Esta herma em homenagem ao Doutor Claudino dos Santos está situada na Praça João Cândido, em frente ao Museu Paranaense.

A placa principal que havia no pedestal foi roubada, mas tem ainda um placa lateral onde está escrito:

“O MESTRE QUE NÃO SABE EDUCAR
É PORQUE NÃO SABE AMAR.
Claudino dos Santos”

Claudino Rogoberto Ferreira dos Santos


Nasceu no Recife em 1862 e faleceu no Rio de Janeiro em 1917.
“Advogado, escritor, jornalista, poeta, autor de obras didáticas e teatrais. Fundador do Colégio Paranaense, diretor da Instrução Pública do Paraná, secretário de Estado dos Negócios, Interior, Justiça e Instrução Pública; juiz em Morretes e prefeito de Curitiba em 1916.”

Referência:

sexta-feira, 16 de junho de 2017

Samba do Sindicatis

grafite Samba do Sindicatis

Este grafite bacana está na Rua Desembargador Clotário Portugal, na parede lateral de um bar.
Segundo a assinatura, foi executado por M. Conrado em 2013.
É uma referência (ou homenagem) ao “Samba do Sindicatis”, uma “roda de samba com foco na pesquisa de sambas de terreiro, partido alto e outras brasas”, como eles mesmos definem-se em uma dessas redes sociais da vida.

quinta-feira, 15 de junho de 2017

Casa Erbo Stenzel

Casa Erbo Stenzel

Casa Erbo Stenzel, detalhe externo

Casa Erbo Stenzel, detalhe externo

Casa Erbo Stenzel, detalhe interno

A Casa Erbo Stenzel pegou fogo na madrugada de ontem (14) e, pelo que vi em fotos, foi bastante danificada.

Tirei as fotos que estou mostrando há quatorze anos, bem antes de começar esse projeto. Na ocasião, aparentemente fiquei interessado em alguns detalhes, tanto é que não tenho uma foto em que apareça a casa toda. O plano era tirar novas fotos, para então incluí-las no blog. Coisa que não será mais possível.

A casa era como muitas outras casas de madeira que ainda restam na cidade. O que tinha de especial era que foi a residência de Erbo Stenzel (1911-1980) durante uma boa parte da sua vida.

A casa foi originalmente construída por Germano Roessler em 1928 e ficava no bairro São Francisco. Em 1998 foi transferida para o Parque São Lourenço e durante algum tempo abrigou obras e documentos do seu morador ilustre. Fazia vários anos que estava fechada ao acesso público.

quarta-feira, 14 de junho de 2017

Um prédio, duas fachadas

Um prédio, duas fachadas
Fachada voltada para a Praça José Borges de Macedo

Um prédio, duas fachadas
Fachada voltada para a Travessa Tobias de Macedo

Este prédio tem duas frentes semelhantes, uma voltada para a Travessa Tobias de Macedo, que é maior e tem duas colunas de janelas a mais nas extremidades. A outra fachada fica voltada para a Praça José Borges de Macedo.

Com algumas característica do art déco, o predinho é interessante.

Já faz algum tempo que tirei essas fotos e desde então tenho tentado descobrir alguma coisa sobre ele. Até tinha uma pista, mas não consegui confirmar.

terça-feira, 13 de junho de 2017

Tecelagem Hoffmann (atual Teatro José Maria Santos)

Tecelagem Hoffmann (atual Teatro José Maria Santos)

Tecelagem Hoffmann (atual Teatro José Maria Santos)

Tecelagem Hoffmann (atual Teatro José Maria Santos)

Este prédio na Rua Treze de Maio é tombado pelo Patrimônio Cultural do Paraná e é uma Unidade de Interesse de Preservação.
Atualmente é ocupado pelo Teatro José Maria Santos, ligado ao Centro Cultural Teatro Guaira. Originalmente foi o local da indústria têxtil da família Hoffmann.

No livro do tombo está escrito o seguinte:

“O prédio foi construído entre os anos 1885 e 1890 para sediar a fábrica de tecidos da família Hoffmann. É um testemunho da arquitetura industrial no Paraná do início do século XX. A construção se identifica como um exemplo de transição. Por trás de um aspecto de residência eclética, um dos elementos mais marcantes das construções industriais, o shed. Estes sheds em número de 5 são sustentados por esbeltas colunas de ferro fundido. A elevação principal apresenta falsa arcada à maneira bizantina - com arcos abatidos, o que lhe dá sobriedade e está no alinhamento predial residencial.”

Publicação relacionada:
Casa Hoffmann

segunda-feira, 12 de junho de 2017

Um prédio com potencial

Um prédio com potencial

Este predinho na Rua Presidente Carlos Cavalcanti já foi ocupado pela guarda municipal.
Do jeito que está parece meio sem graça, mas fico imaginado o que um desses arquitetos novos, pós-modernistas, poderiam fazer com ele. Parece que tem potencial para ficar algo bem interessante.