sábado, 1 de dezembro de 2018

Residência Affonso Alves de Camargo

Residência de Affonso Alves de Camargo, localizada na Praça General Osório

Residência de Affonso Alves de Camargo, localizada na Praça General Osório - detalhe da escadaria

Residência de Affonso Alves de Camargo, localizada na Praça General Osório - detalhe

Residência de Affonso Alves de Camargo, localizada na Praça General Osório - detalhe

Residência de Affonso Alves de Camargo, localizada na Praça General Osório - lateral

Residência de Affonso Alves de Camargo, localizada na Praça General Osório - detalhe da escada e entrada principal

Localizada na Praça General Osório, esquina com a Travessa Jesuino Marcondes, esta casa foi a residência de Affonso Alves de Camargo.
Em estilo eclético com muitos elementos do art noveau, foi projetada pelo engenheiro Alberto Monteiro de Carvalho e construída no início dos anos 1900.

A casa é uma Unidade de Interesse de Preservação.

Affonso Alves de Camargo


Affonso Alves de Camargo nasceu em Guarapuava em 25 de setembro de 1873, , filho de Pedro Alves da Rocha Loures e Francisca de Camargo Loures.

Após a conclusão do ensino primário mudou-se para Curitiba, onde estudou nos colégios Parthenon Paranaense e Colégio Arthur Loyola.

Formou-se em Direito em 1894 pela Faculdade de Direito de São Paulo e retornou para Curitiba.

Já durante a faculdade estava envolvido com a política e demonstrava ter uma coação para a liderança. Ainda muito jovem apoiou a Revolução Federalista, aliando-se a correligionários de João de Menezes Dória, médico, presidente maragato do estado do Paraná de 21 de janeiro a 24 de março de 1894.

Foi advogado atuante no Tribunal do Júri, representante no estado na “New York Life Insurance Company”, advogou para a “Brazil Railways Company” e professor catedrático da Faculdade de Diretio

Exerceu por pouco tempo os caros de chefe de polícia e de promotor público.

Elegeu-se deputado estadual em 1897, permanecendo no cargo até 1914.

Foi vice-presidente do Paraná de 1908 a 1912, elegendo-se presidente para o período de 1916-1920.

Durante a campanha para presidente do estado defendia a idéia de resistir até a última gota de sangue o território paranaense na disputa da região do Contestado com Santa Catarina.
Ao assumir o governo, pressionado por um lado pelos que queriam guerra e pelo governo federal pelo outro (o Supremo Tribunal Federal que já havia decidido a questão a favor de Santa Catarina em 1914), acabou concordando, de forma sensata, com a sentença. Com apoio da maioria do Congresso Legislativo Estadual, o acordo foi assinado em 20 de outubro de 1916.

Os adversários políticos não perdoaram, acusando-o ferozmente de haver vendido o território do Contestado para Santa Catarina.

A resposta dele foi:

“Agora, se julgardes que o humilde filho desta abençoada terra errou, não obstante os aplausos gerais da nação, dos poderes Executivo e Legislativo da República e das suas forças armadas de terra e mar, de todos os Estados da União, da alta magistratura do país, da mocidade das escolas, das classes conservadoras do Estado, dos nossos eminentes advogados e de jurisconsultos eméritos, entre eles o grande brasileiro Ruy Barbosa, todos unânimes em declarar que mais do que foi feito era impossível se conseguir para o Paraná na sua atual aflitíssima situação; se, mesmo com essas manifestações de confortante solidariedade por esse ato da minha vida pública, ainda julgardes que errei, então seja Deus testemunha da sinceridade com que agi nesta fase histórica, querendo, de todo coração, fazer a felicidade da família paranaense, trazendo-lhe a paz e a prosperidade no presente, para assim preparar em futuro próximo, a grandeza do nosso Estado, que tem todos os elementos para ser forte, rico e poderoso dentro da Pátria grande - que é o nosso estremecido Brasil. Palácio da Presidência do Estado do Paraná, em Curitiba, aos 25 de novembro de 1916”.
(ass. Affonso Alves Camargo). 

Elegeu o seu sucessor, Caetano Munhoz da Rocha, que exerceu dois mandatos.

Em 1921, elegeu-se deputado federal e no ano seguinte assumiu uma cadeira no senado no lugar de Xavier da Silva, onde ficou até 1927.

Retornou para o estado, onde assumiu um segundo mandado de presidente em 1928. Ficou no cargo até outubro de1930, quando saiu por causa do golpe militar e da instalação da ditadura comandada por Getúlio Vargas.

A partir daí abandonou a política e dedicou-se ap magistério na Faculdade de Direito.

Foi presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Paraná (OAB-PR) entre 1937 e 1939.

Faleceu em 16 de abril de 1959, em Curitiba.

Referências:

LACERDA, Cassiana [publicação em rede social]. Disponível em: <https://www.facebook.com/groups/417557358409468/permalink/1190851707746692/>. Acesso em: 30 nov. 2018.
CASA CIVIL. Governo do Estado do Paraná. Affonso Alves de Camargo. Disponível em: <http://www.casacivil.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=47>. Acesso em 30 nov. 2018
FGV CPDOC. Camargo, Afonso. Disponível em: <https://cpdoc.fgv.br/sites/default/files/verbetes/primeira-republica/CAMARGO,%20Afonso.pdf>. Acesso em 30 nov. 2018.