sábado, 14 de outubro de 2017

O Palacete Guimarães (ou Castelo do Batel)

O Palacete Guimarães (ou Castelo do Batel)

O Palacete Guimarães (ou Castelo do Batel)

O Palacete Guimarães (ou Castelo do Batel)

O Palacete Guimarães (ou Castelo do Batel)

Localizado na Avenida do Batel, 1.323 o Palacete Guimarães, também conhecido como Castelo do Batel, foi construído entre 1924 e 1928 por encomenda de Luiz Guimarães.
O Sr. Luiz Guimarães era produtor e exportador de café e quando de uma viagem à Europa, visitou o Vale do Loire na França. Gostou dos palacetes que viu por lá e quis construir um para si.
O terreno, com 10.500 m² foi comprado em 1923 das famílias Gomm e Whithers e da Mitra Diocesana.
Encomendou o projeto do castelo ao engenheiro Eduardo Fernando Chaves.
Na construção o exterior tem reboco de cimento com areia torrada. As telhas são Eternit importadas da Bélgica. As louças sanitárias vieram da França, produzidas por Jacob de Lafont, O acabamento interno foi feito em gesso, material também empregado em ornamentos e molduras. A pintura interna foi feita por dois artistas europeus. A casa tem vários vitrais decorados, lareira, sala de jogos com mesas de bilhar. Enfim, muita coisa  e tudo de primeira.
O próprio Sr. Luiz em um depoimento disse: “Toda a tapeçaria e ornamentação vieram de Paris, porque nos últimos tempos da construção ofereci uma viagem à Europa para o Dr. Chaves, em minha companhia. Nessa oportunidade, de posse da planta do prédio, nós encomendamos em casa especializada cortinas, reposteiros, tapetes de forração e alguns móveis; na ocasião, compramos nos armazéns alfandegários de Paris os tapetas persas, que guarneciam todos os salões da casa. Estivemos também na manufatura de S èvres do Governo Francês, onde compramos valiosas peças dessa renomada porcelana, estivemos ainda na seção de modelagem do Museu do Louvre, onde compramos belíssimas reproduções de obras de arte.”

Com aproximadamente 2.200 m², a construção demorou quatro anos, tanto pelo tamanho da casa, como pelo acabamento esmerado.

No mesmo terreno, que era maior que o atual, o Sr. Luiz construiu casas para suas filhas Elza, Izabel e Eucidia.

Mais tarde a casa (1947), foi adquirida pelo ex-governador Moisés Lupion, que morou no local com sua família. “Lupion atuou como mecenas de vários artistas paranaenses, sendo que alguns deles deixaram marcas no Castelo do Batel. Foram os casos de Miguel Bakun (que, inclusive, viveu por alguns meses no castelo e decorou as paredes do sótão com pinturas singulares), Alfredo Andersen, Teodoro De Bona, João Turin, Poty Lazzarotto, Artur Nísio e Guido Viaro”.

Depois dos problemas políticos que o Sr. Moyses Lupion enfrentou após o golpe de 1964, o palacete chegou a ser ocupado por um tempo por um canal de televisão (entre 1973 e 2003).
No final de 2003, após o canal de televisão deixar o local, foi iniciada uma restauração, com a construção de alguns anexos, que o transformaram em um centro de eventos.

O palacete é um bem tombado pelo Patrimônio Cultural do Paraná e uma Unidade de Interesse de Preservação.

Referências:

LYRA, Cyro Illídio Corrêa de Oliveira et al. Espirais do tempo: bens tombados do Paraná. Curitiba: Secretaria de Estado da Cultura, 2006. 440 p.
POSSE, Zulmara Clara Sauner e CASTRO, Elizabeth Amorim de. As virtudes do bem-morar. 1º ed. Curitiba: Edição das Autoras, 2012. 232 p.
WIKIPEDIA. Castelo do Batel. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Castelo_do_Batel”. Acesso em: 13 out. 2017