sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Pessegueiros produzem pêssegos

Pessegueiros produzem pêssegos

A surpresa não foi ver um pêssego em um pessegueiro, mas ver isso em frente ao Memorial da Cidade de Curitiba, ao alcance da mão. Um local onde circula muita gente.
Fiquei imaginando quantos, como eu, viram o fruto e ficaram tentados a colhê-lo.
Tirei esta foto em julho passado.

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

A casa Manoel Francisco Ferreira Correia

A casa Manoel Francisco Ferreira Correia

A casa Manoel Francisco Ferreira Correia

A casa Manoel Francisco Ferreira Correia

Esta casa é uma Unidade de Interesse de Preservação. Localizada na Rua Desembargador Motta, 1861, foi propriedade do engenheiro Manoel Francisco Ferreira Correia

Em estilo eclético, a casa é bem bonita. Repare nas molduras das janelas e portas, na pequena sacada com grade, nas aberturas de ventilação do porão e, principalmente, na platibanda com pinhas e no centro dela uma espécie de frontão curvo com urna no ápice, a data da construção e um brasão decorativo de motivos florais e as iniciais FC.

Quando tirei as fotos estavam terminando uma reforma e a fachada dela foi bem restaurada.

Li mais recentemente na “Gazeta do Povo” que o imóvel foi ocupado por uma loja de móveis e objetos de decoração.

Manoel Francisco Ferreira Correia


No site do IPPUC encontrei a seguinte biografia resumida:

“Manoel Francisco Ferreira Correia nasceu em 25 de outubro de 1.862, em Paranaguá, Paraná.
Era filho de Francisco Ferreira Correia e Nicia Pereira Correia.
Em 1.885 formou-se como Engenheiro Geógrafo, na Escola Politécnica do Rio de Janeiro. Em 1.887 foi nomeado para o cargo de engenheiro ajudante da Inspetoria Especial de Terra e Colonização, neste Estado, cabendo a chefia ao saudoso paranaense Dr. Cândido Ferreira de Abreu.
Em 1.893 foi nomeado ajudante do Engenheiro-Chefe do Distrito Telegráfico neste Estado, sendo logo após removido para o Estado de Pernambuco e em 1.895 foi designado para servir no Estado do Pará.
Em 1.897 veio trabalhar neste Estado, na construção da estrada de ferro São Paulo – Rio Grande, que então se iniciava.
Em 1.906 adquiriu o “Diário da Tarde”, nesta Capital, mas no ano seguinte o revendeu a seu antigo proprietário Sr. José Celestino de Oliveira Júnior e voltou a exercer a sua profissão de engenheiro da construção da Estrada de Ferro Norte do Paraná.
Como delegado de Serviço de Povoamento do Solo no Paraná, fundou os seguintes municípios: Cruz Machado, Cândido de Abreu, Itapará, Jesuíno Marcondes, Irati, Vera Guarani, Iapó, Apucarana, Senador Correia, Ivaí, Muquem e Itaiópolis, no Estado de Santa Catarina.
Dr. Correia foi um dos fundadores da Universidade Federal do Paraná.
Em 1.920 publicou, com a colaboração do Desembargador Emydio Westphalen, uma brochura sob o título “O ESTADO DO PARANÁ em 1.920”.
Aposentou-se em 1.930, aos 67 anos de idade.
Faleceu em 3 de junho de 1.939.“

Referências:

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Um sobrado na Saldanha Marinho

Um sobrado na Saldanha Marinho

Um sobrado na Saldanha Marinho

Este sobrado no início da Rua Saldanha Marinho já abandonou o estilo eclético. Apresenta alguns elementos do art déco na decoração e mostra já alguns traços do estilo moderno. Imagino que tenha sido construído por volta de 1950. Parece também que aquela porta de correr e a janela sobre ela sejam intervenções mais recentes.

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Rio de Pinhões

Rio de Pinhões

Rio de Pinhões

Rio de Pinhões

Rio de Pinhões


Esta escultura está localizada no Memorial da Cidade de Curitiba. A placa no local diz o seguinte:

“Se nos esquecermos da nossa identidade
negaremos a nós mesmos.
Este rio de pinhões. moldado em barro local, por
Elvo Benito Damo
Maria Helena Saparolli e
Priscila Tramujas
quer significar fertilidade cultural, essencial
ao Paraná e ao Brasil.
Rafael Greca de Macedo
prefeito
Jaime Lerner
governador”
Quando fiz o curso “História e Urbanismo de Curitiba” no Solar do Rosário, ministrado por Rafael Greca de Macedo, ele comentou que a escultura lembra também a maneira como os índios da região conservavam alimentos, mergulhando-os nas águas frias dos rios.

São aproximadamente 4.500 unidades de pinhões e pinhas em cerâmica, em 15 metros de comprimento.

A obra é muito interessante, diferente e bonita. Gosto dela.

Referência:
MACEDO, Rafael Greca de Macedo. História e Urbanismo de Curitiba: curso no Solar do Rosário, Curitiba, 22-25 jun. 2016. Notas Pessoais.

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

A casa no número 286 é de madeira

A casa no número 286 é de madeira

A casa no número 286 é de madeira

Continuando com a série de fotos de casas de madeira da cidade, desta feita uma muito simpática no bairro Campina do Siqueira.
Com varanda e a escada de cacos de cerâmica à Gaudi. Para completar, um belo pé de azaleias em flor.

domingo, 25 de setembro de 2016

Uma escultura de Tomie Ohtake em Curitiba

Uma escultura de Tomie Ohtake em Curitiba

Esta escultura, sem título, é de Tomie Ohtake. Executada em 1996, está instalada no Portal Cultural/Museu Municipal de Arte (MuMA), junto a entrada voltada para a Praça Professor Hildegard.
Segundo informa o site da Fundação Cultural de Curitiba, a obra tem onze metros de altura e celebra o centenário da amizade Brasil-Japão.

Tomie Ohtake


A artista plástica nasceu em Quioto em 1913 e faleceu em São Paulo em 2015. Naturalizada brasileira, chegou no Brasil em 1936 para visitar um irmão. Durante a visita conheceu Ushio Ohtake, com quem acabou casando e assim, foi ficando por aqui, mais precisamente, em São Paulo.
A sua grande produção artística nas áreas de pintura, gravura e escultura é de primeiríssima qualidade, reconhecida internacionalmente.

Tomie Ohtake foi uma das principais artistas do abstracionismo. Consagrada ainda em vida, recebeu inúmeros prêmios e homenagens.
Suas esculturas de grandes dimensões em áreas públicas estão espalhadas por algumas cidades brasileiras e em São Paulo algumas delas são verdadeiros marcos da cidade.

Publicação relacionada:
Escultura de Tomie Ohtake na Praça do Japão

Referência:

sábado, 24 de setembro de 2016

A residência de David Carneiro

A residência de David Carneiro

A residência de David Carneiro

A residência de David Carneiro

A residência de David Carneiro

A residência de David Carneiro

Localizada na Rua Brigadeiro Franco, a antiga casa de David Carneiro (ou o que restou dela) hoje é apenas uma fachada, parte de um hotel.

A casa foi construída no final dos anos 1940. Inspirada na residência de Eça de Queiroz, escritor português. No local ficava as instalações do antigo engenho de erva-mate da família, a Ervateira Americana.

David Carneiro (1904-1990) foi engenheiro, poeta, escritor de aproximadamente 70 livros, historiador e colecionador. Ele dedicou a vida ao estudo da história do Paraná e do Brasil.

O Museu Coronel David Carneiro


Junto a sua casa tinha o Museu Coronel David Carneiro (o nome em homenagem ao seu pai) com a sua coleção de objetos e documentos relacionados a história do estado.
O museu, cuja coleção havia iniciado em 1928, foi inaugurado em 1952. O prédio tinha mais de três mil metros quadrados e abrigava mais de 5.000 peças. A entrada era pela Rua Comendador Araújo. No prédio do museu haviam salas de exposição e uma Capela da Religião da Humanidade. No auditório eram realizadas conferências positivistas, corrente de pensamento a qual era ligado.

Depois do falecimento de David Carneiro a casa e o museu foram entregues ao Banco do Brasil como pagamento de uma dívida. Em 1998 foi adquirido por investidores. Em um acordo com a prefeitura foi exigida a manutenção parcial da residência e transformação do local em Espaço Cultural David Carneiro. Em troca a prefeitura concedeu o local em comodato por 99 anos.

O conteúdo do museu foi objeto de disputas entre familiares e o IPHAN - Instituto Histórico e Artístico Nacional, A solução surgiu com o estado do Paraná adquirindo o acervo em 2004 (durante o governo de Roberto Requião). A maior parte do acervo foi incorporada ao Museu Paranaense. Outra parte está no Museu Histórico da Lapa.

O material reunido por David Carneiro é tão significativo para a história do estado que a coleção é tombada pelo Patrimônio Cultural do Paraná.

O Centro Cultural David Carneiro


O tal Centro Cultural David Carneiro que funciona no local – dizem – abriga alguns móveis e objetos que eram de uso pessoal do antigo proprietário.
Volta e meia passo por ali (quase sempre nos finais de semana), mas nunca o vi aberto e nunca ouvi falar de qualquer atividade promovida pelo tal centro cultural. Deve ser falta de sorte e desinformação de minha parte.

Referências:

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

E a primavera chegou

Ipê amarelo florido

Ipê amarelo florido

Não se sabe muito bem de onde, mas a primavera chegou, como faz todos os anos nesta época.
Depois some novamente por um tempo, para mais tarde reaparecer mais ao norte. Dizem que tem parentes por lá.
Junto com ela estão chegando também muitas flores, como as do ipê amarelo. A florada está no começo e muitas árvores ainda não floriram, enquanto outras estão em plena carga.

Para comemorar a chegada da primavera 2016 (lembrando que em uma parte pequena do país que fica no hemisfério norte, quem está chegando é o outono) um pé de ipê amarelo todo florido.

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Igreja do Rosário - azulejos externos

Igreja do Rosário - azulejos externos

Igreja do Rosário - azulejos externos

Diversas fonte indicam que os azulejos externos da atual Igreja do Rosário dos Homens Pretos de São Benedito faziam parte da antiga igreja, que foi demolida em 1937.

As fotos e pinturas antigas da igreja anterior não mostram quaisquer azulejos na parte externa. Mas nada impede que tenham sido do interior. Desconheço qualquer imagem do interior da antiga igreja.

A igreja tem dois conjuntos de azulejos na parte externa. Um espécie de moldura na porta e um painel com a imagem de Nossa Senhora e uma imagem da antiga igreja inserida em uma paisagem quase campestre.

Observando com calma a impressão que dá é que os azulejos das duas obras são diferentes, inclusive no tom do azul.

Tenho a impressão que os azulejos da antiga igreja (se é que são dela mesmo) são os que estão emoldurando a porta. Mas isso é pura especulação de minha parte e espero algum dia tirar essa dúvida minha.

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Igreja do Rosário - interior

Igreja do Rosário - interior

Igreja do Rosário - interior

Igreja do Rosário - interior

Igreja do Rosário - interior

Igreja do Rosário - interior


Igreja do Rosário - interior

Igreja do Rosário - interior

A Igreja do Rosário dos Homens Pretos de São Benedito tem um interior relativamente simples, mas muito bonito.

Destaque para os diversos trabalhos em madeira: bancos, retábulos e de maneira especial o confessionário. Também são muito bonitos os vitrais nas janelas, a Via Sacra em azulejos portugueses.
Quando visitar observe também o coro, na forma da abertura, no guarda-corpo com colunas e no órgão de tubos.

terça-feira, 20 de setembro de 2016

Igreja do Rosário dos Homens Pretos de São Benedito

Igreja do Rosário dos Homens Pretos de São Benedito

Igreja do Rosário dos Homens Pretos de São Benedito

Igreja do Rosário dos Homens Pretos de São Benedito

Igreja do Rosário dos Homens Pretos de São Benedito

A Igreja do Rosário dos Homens Pretos de São Benedito, localizada na Praça Garibaldi, foi a segunda ou terceira igreja construída em Curitiba e é uma Unidade de Interesse de Preservação.
O primeiro prédio dela foi concluído em 1737, mesmo ano da conclusão da Igreja da Ordem Terceira de São Francisco das Chagas. Daí a dúvida se foi a segunda ou terceira igreja da cidade. Algumas fontes indicam uma coisa e outras o contrário.
Pintura de Oswaldo Lopes. Acervo do MON
Foi construída para e pelos escravos, sob o patrocínio da Irmandade do Rosário. Era em estilo colonial. Podemos observar como era a antiga igreja em uma pintura de Oswaldo Lopes (1910-1964) que faz parte do acervo do Museu Oscar Niemeyer.

Entre 1875 e 1893, durante a construção da atual Catedral, a Igreja do Rosário foi a matriz.

A Igreja original foi demolida em 1937 e a nova igreja em estilo barroco tardio começou a ser construída em 7 de outubro de 1937 e foi inaugurada em 1946.
O autor do projeto e responsável pela construção foi o engenheiro civil Eduardo Fernando Chaves.

Há quem lamente a demolição da antiga igreja em estilo colonial até hoje, mas o curioso é notar que esta discussão aconteceu na época também, conforme relata um artigo no jornal “O Estado” de 29 de novembro de 1936.
“… Deve a Igreja do Rosário ser retocada para apenas garantia de sua estabilidade e conservação?
Ou deve ser destruída para ser reconstruída inteiramente no mesmo local?
Ou deve ser destruída para ser elevada em outro local?
A primeira hypothese interessa profundamente a urbanização de Curityba.
A segunda idem. A terceira affecta a collectividade apostolico romana e a urbs.
O nosso interlocutor opinava o seguinte:
A ficar o templo onde está deve apenas ser restaurado, mediante obras que lhe conservem totalmente a physionomia actual.
Si quizerem destrui-lo para uma reconstrucção, mudem-lhe a séde para um sector propicío ao proprio catholicismo, de vez que, por exemplo, onde se encontra é inutil, porque está perto de outras igrejas. …”

Essa questão da conservação do patrimônio histórico e cultural da cidade é antiga. Sempre existiu e sempre existirá.

Até por uma questão de idade, não conheci a igreja anterior, mas gosto da atual. Até casei nela.

Para ver mais foto e textos veja outras publicações sobre a Igreja do Rosário:
Igreja do Rosário - interior
Igreja do Rosário - azulejos externos

Referências:

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Um casa de madeira azul no Campina do Siqueira

Um casa de madeira azul no Campina do Siqueira

Mais uma das muitas casas de madeira que ainda existem em Curitiba, esta no Bairro Campina do Siqueira.

Localizada em um terreno alto a casa é bem interessante. Repare em alguns detalhes do projeto: telhado com águas desencontradas, preocupação com a criação de volumes diversos com o recuo de paredes, não ficando tudo no mesmo alinhamento; a varanda e o uso de tábuas na vertical e na horizontal.

E está pintada de azul, uma cor que gosto. Fugindo dos diversos tons de verde, amarelo e marrom que parecem-me ser as cores preferidas para as casas de madeira da cidade.

domingo, 18 de setembro de 2016

Abandonado na São Francisco

Um pequeno edifício abandonado na São Francisco

Um pequeno edifício abandonado na São Francisco

Um pequeno edifício abandonado na São Francisco

Este pequeno edifício – pelo estilo, provavelmente da primeira metade do século passado – localizado na Rua São Francisco encontra-se abandonado.
Sempre que encontro uma construção assim fico pensando com os meus botões em qual seria a história por trás disso. O que teria acontecido? Não julgo, pois não conheço os fatos, mas fico curioso.

sábado, 17 de setembro de 2016

O Correio Velho

O Correio Velho

O Correio Velho

O Correio Velho

O Correio Velho

O Correio Velho

O Correio Velho, como é conhecido o prédio da Agência Central do Correio em Curitiba, foi inaugurado em 20 de setembro de 1934.

O jornal “Correio do Paraná”, na sua edição de 26 de setembro de 1934, em um artigo com o título de “A Nova Sede dos Correios e Telegraphos e um Dever do Curitybano”, entre outras coisas escreveu o seguinte: “… Curityba possue agora em deante mais uma joia architectural, um motivo forte de embellezamento, Por isso mesmo, ao mesmo tempo que nos dever alegrar com a posse do magestoso edificio, cumpre ao povo curitybano a tarefa de zelar por que o seu usufructo enaltece os nossos foros de gente civilizada. Cada curitybano deve se constituir num vigia insimne do bello proprio que se altera vis-avis á Universidade do Paraná, jamais permittindo que mãos vandalicas ameacem siquer tocar na preciosidade que nos foi offertada. …”.

Em estilo art déco e princípios do funcionalismo, princípios estes bastante difundidos pelo Estado Novo, o prédio foi fechado para reformas em 2013, reabriu parcialmente em outubro de 2015 e reinaugurado oficialmente em março de 2016.

Além de abrigar a agência central do correio o prédio agora tem também um espaço cultural, que ainda não tive a oportunidade de conhecer, pois todas as vezes que tinha tempo para isso, estava fechado. Mas qualquer hora dessas acaba dando certo.
Localizado na Rua XV de Novembro, o prédio é uma Unidade de Interesse de Preservação.

Referência:

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Uma casa com mais de 100 anos

Uma casa com mais de 100 anos

Uma casa com mais de 100 anos

Não encontrei nada sobre a história dessa casa, muito bem conservada, localizada na Rua Doutor Claudino dos Santos. Ela seguramente tem mais de 100 anos, uma vez que aparece em um postal de 1900.
Chama a atenção a grande mansarda com sacada e grade de ferro fundido. Repare também na platibanda decorada com colunas e nas urnas.

Atualmente funciona no local um restaurante de comidas típicas paranaenses. A casa é uma Unidade de Interesse de Preservação.

Referências:

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Músicos na feira

Músicos na feira

Fotografei estes músicos na feira dos sábados na Rua Alberto Bolliger, no Juvevê
Os músicos de rua animam (no sentido de dar vida) a cidade.
Nesta feira sempre tem músicos, dos mais variados estilos.

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Um rótulo de erva-mate

Um rótulo de erva-mate

O ciclo da erva-mate foi o primeiro grande ciclo econômico importante do Paraná e, consequentemente, de Curitiba.
O primeiro engenho, muito primitivo ainda, foi montado em Paranaguá em 1820 por Francisco de Alzagaray, vindo da Argentina. Os engenhos espalharam-se primeiro no litoral, em Paranaguá, Antonina e Morretes.
O primeiro engenho da cidade, o Engenho da Glória, foi instalado em 1834 pelo coronel Caetano José Munhoz (1817-1877) e depois, muitos outros vieram.
O dinheiro da erva-mate (Ilex paraguariensis) irrigou toda a economia da cidade por um bom tempo, tendo um efeito multiplicador muito grande. Ele não fez surgir só belas casas (Mansão das Rosas, Solar dos Leões, Casa dos Veiga, Solar do Barão, entre tantas outras) mas contribuiu para o surgimento ou melhoria de escolas, hospitais e museus.
Inicialmente erva-mate a granel era transportada em bolsas de couro, mas o engenheiro André Rebouças identificou nessa embalagem um problema para a aceitação do produto no exterior, surgindo daí a industria de barricas de madeira (o que iniciou o desenvolvimento da indústria madeireira). As barricas necessitavam de aros de metal (assim desenvolvendo a metalurgia). O mercado externo exigia também identificação nas embalagens, o que possibilitou o surgimento da industria gráfica para produzir rótulos (o Barão do Serro Azul foi um dos sócios da Impressora Paranaense e também proprietário da primeira serraria a vapor do estado). A indústria de embalagem beneficiou-se também com o surgimento das pequenas caixas de madeira, de metal e, mais tarde ainda, de papelão; tudo para embalar a erva-mate.
A indústria do transporte foi outra beneficiaria, primeiro em mulas, depois em carroções, trem e mais tarde, caminhões. A erva influi também da infraestrutura, com as melhorias na Estrada da Graciosa e a construção da estrada-de-ferro.
E tudo isso necessitava de gente, gerando muitos empregos.

Na foto um belo rótulo de tampa de barrica, impresso pelo sistema de litografia, que fotografei em uma exposição no Memorial da Cidade de Curitiba.

Referência:

terça-feira, 13 de setembro de 2016

A escultura “Fundação de Curitiba” de João Turin

A escultura “Fundação de Curitiba” de João Turin

A escultura “Fundação de Curitiba” é um alto relevo em bronze feito por João Turin (1878-1949).
A escultura, feita em 1943, representa parte da lenda da fundação de Curitiba.
A cidade teria surgido primeiro às margens do Rio Atuba e a população, após decidir mudar de lugar a Vilinha (como seria conhecida) por alguma razão, que desconheço qual seria, decidiu recorrer aos préstimos do cacique dos índios Tingui, chamado Tindiquera. O cacique então teria guiado as pessoas até onde hoje está localizada a Praça Tiradentes e no local teria fincado um cajado dizendo "Taki Keva Coré Etuba", que significa “aqui muito pinhão”.
A outra parte da lenda envolve a imagem de Nossa Senhora da Luz que havia na capela da vila. Mais isso é história para outra publicação.

A obra faz parte da exposição permanente do Memorial da Cidade de Curitiba.

O conjunto da obra de João Turin e tombado pelo Patrimônio Cultural do Paraná.

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

A Catedral - interior

A Catedral de Curitiba - detalhes do interior

A Catedral de Curitiba - detalhes do interior - balcão

A Catedral de Curitiba - detalhes do interior - púlpito

A Catedral de Curitiba - detalhes do interior - coral e orgão

A Catedral de Curitiba - detalhes do interior - balcão

A Catedral de Curitiba - detalhes do interior - vitral

A Catedral de Curitiba - detalhes do interior - banco em madeira talhada

A Catedral de Curitiba - detalhes do interior - coluna

A Catedral de Curitiba - detalhes do interior - balcão, vitral e abóboda

Não importa a religião que você tem (ou não tem), mas se nunca entrou na Catedral de Curitiba, vale a pena um dia entrar e observar o interior dela. É uma linda obra de arte, cheia de detalhes maravilhosos, um monumento a capacidade do homem. Aqui apenas uma pequena amostra.

Veja outras publicações sobre o assunto: a catedralexterior, arcobotantes, lanternim e anjos.