sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Um “prédio deitado”

Um “prédio deitado”

Li há algum tempo uma reportagem da “Gazeta do Povo” sobre “prédios deitados”, conforme foram chamados pelo arquiteto Key Imaguire Junior.
Um trecho da reportagem diz o seguinte:
“Em um terreno de tamanho médio, onde normalmente se construía apenas uma casa, com um pouco mais de tecnologia passou a se levantar um edifício, que pudesse abrigar vários pequenos apartamentos. Com no máximo dois andares, os  “prédios deitados”, como são chamados pelo arquiteto Key Imaguire, tinham como alvo a pequena classe média que não tinha condições de ter um imóvel na região central. “Seria mais ou menos como as quitinetes contemporâneas. Esses apartamentos, construídos nas esquinas próximas às praças, eram voltados a trabalhadores que precisavam morar próximo ao emprego”, ressalta.”
A reportagem citada apresenta algumas fotos de “prédios deitados” que são apenas um conjunto de habitações e outros em que as habitações estão apenas no andar superior, sendo o térreo usado para comércio.
Fiquei um pouco intrigado com o conceito. Apesar da reportagem comparar com quitinetes, a comparação que fiz foi com os conjuntos de sobrados, comuns atualmente.
Acho que com o tempo fui percebendo o conceito. Os tais “prédios deitados” da primeira metade do século passado tinham um estilo único. A ideia era uma construção com estilo de uma coisa única, com uma demonstração de unidade. Hoje, os conjuntos de sobrados adotam um estilo que parece ter a preocupação de demonstrar claramente a divisão, que são habitações separadas, diferentes; apesar de estarem construídas umas ao lado das outras.
Se é que entendi o conceito do professor, a foto de hoje mostra um dos tais “prédio deitado”, localizado na Alameda Cabral.

Referência:

CRUZ, Eloá. Os “prédios deitados” de uma Curitiba art déco. Gazeta do Povo. Curitiba, 26 mai. 2015. Disponível em: <http://www.gazetadopovo.com.br/haus/arquitetura/os-predios-deitados-de-uma-curitiba-art-deco/>. Acesso em: 18 out. 2017.