domingo, 9 de outubro de 2016

A casa de Vicente Machado, aquele que fugiu

A casa de Vicente Machado, aquele que fugiu

A casa de Vicente Machado, aquele que fugiu

Essa casa foi de Vicente Machado, onde residiu até a sua morte em 1907. Não consegui descobrir quando foi construída, mas provavelmente antes de 1900.
Vicente Machado é aquele que exercendo o cargo de governador do estado em 1893, quando os maragatos chegaram às portas da cidade, a abandonou. Fugiu (levando junto as tropas que poderiam defender a cidade) primeiro para Castro e depois para São Paulo. Só retornou em 4 de maio de 1894, depois que os Federalistas já tinham ido embora.
Após o retorno de Vicente Machado, o Barão do Serro Azul foi assassinado (20 de maio de 1894) e muita gente foi executada, acusados de colaboracionismo. Dizem que as pessoas eram obrigadas a cavar a própria sepultura antes de serem degoladas.
Ironicamente Vicente Machado faleceu em 3 de março de 1907 (aos 46 anos e sete meses) de câncer na garganta.

A casa, localizada na esquina da Rua Comendador Araújo com a Rua Coronel Dulcídio, é uma Unidade de Interesse de Preservação.

Em uma rede social o Sr. Fernando Fontana fez o seguinte comentário: “Recebi a informação de uma das netas do Dr. Marins Camargo que a casa foi construída por Lamenha Lins e posteriormente adquirida por VM. Há documentos comprobatórios de posse de parentes de Marins.”

Mas existem visões diferentes de Vicente Machado, como é o caso da senhora Cassiana Lacerda que fez o seguinte comentário na divulgação desta publicação em uma rede social: “Que blog burro. Curitiba não aceitou a convocação de Vicente Machado para resistir. Aliás, os curitibanos pagaram para ficar numa falsa paz. Diante da fuga do comandante e do desinteresse da população curitibana, VM transferiu a capital para Castro, próxima da fronteira de SP, de onde efetivamente veio o Exército Legal e por os invasores em fuga. Cabendo apenas a Gumercindo Saraiva e seu homens resistir em Ponta Grossa. Seria tão bom se aprofundassem o assunto, mas houve uma lavagem cerebral para vitimizar alguns e condenador outros sem o devido conhecimento.”

Texto complementado em 11 nov. 2019

Um pouco mais sobre esta história:
Solar do Barão
Solar da Baronesa (com a carta que ela escreveu ao Barão de Ladário narrando o que aconteceu com seu marido).
Placa comemorativa da inauguração da Catedral (outra história com o envolvimento de Vicente Machado)

Referência:
FONTANA, Fernando. [comentário em uma rede social]. 12 out. 2016. Disponível em: <https://www.facebook.com/groups/417557358409468/permalink/710301282468406/>. Acesso em: 18 out. 2016
LACERDA, Cassiana [comentário em rede social].  5 nov. 2019. Disponível em: <https://www.facebook.com/groups/417557358409468/permalink/710301282468406/>. Acesso em: 6 nov. 2019.