sexta-feira, 29 de julho de 2022

A antiga Casa Escolar Cruz Machado

A antiga Casa Escolar Cruz Machado
A antiga Casa Escolar Cruz Machado
A antiga Casa Escolar Cruz Machado - detalhes
A antiga Casa Escolar Cruz Machado - detalhes
A antiga Casa Escolar Cruz Machado
A antiga Casa Escolar Cruz Machado

Esse prédio localizado na Rua Bispo Dom José, 2006 é tombado pelo Patrimônio Cultural do Paraná e é também uma Unidade de Interesse de Preservação.
Em estilo eclético o prédio tem uma decoração externa bem bonita.
O prédio foi projetado em 1906 e inaugurado em 1 de fevereiro de 1907.
Em um relatório do secretário de obras públicas e colonização, Sr. Francisco Gutierrez Beltrão ao então presidente do estado, Sr. Vicente Machado, o prédio foi assim descrito.

Casa Escolar «Cruz Machado»—Foi este edifício construído no Batel em terreno de 25 m por 144 m, adquirido pela quantia de 1.500$000: é destinado a uma escola promiscua.
Projectado pelo desenhista da Directoria de Obras e Viação, sr. Ângelo Bottechia, foi construido sob a direcção d’este habil architecto e entregue á Secretaria do Interior em dias do mez de Dezembro. É um elegante edificio, dotado de vestibulo, duas classes e dois gabinetes, tendo ao fundo um terraço com escada dupla para descida aos recreios e aos water-closets situados nos porões. Tem-se accesso ao vestibulo por uma escadaria de seis degraus de pedra artificial e passa-se deste para as salas de aulas e gabinetes, cuja altura é de 4 m.75. Em volta do edifício foi feita uma calçada, cuja largura é de 2,m20 na rua e de 1,m. 30 nos demais lados.

A casa escolar era um jardim de infância destinado a meninos e meninas, daí a palavra “promíscua” no relatório do secretário de obras.

No jornal “A República” de 31 de julho de 1907 encontrei a seguinte nota:

Escola Cruz Machado.— De amanhã em diante passará a funccionar no predio escolar «Cruz Machado», no Batel, a escola publica d’aquelle arrabalde, regida pela professora normalista d. Alice Daniel.

Detalhe do “arrabalde” do Batel.

A inauguração pelo jeito foi feita sem muitas festas. Encontrei o seguinte no jornal “A Notícia” na edição de 1 de fevereiro de 1907:

Com a presença do sr. dr. Sebastião Paraná, inspector escolar, teve logar hoje ás 2 horas da tarde, a inauguração do novo edificio Cruz Machado, sito no Batel.

Em um relatório de dezembro de 1907 elaborado por Laurentino de Azambuja, entre outras coisas, destaco: “… Matricula superior a 80 alumnos de ambos os sexos, freqüência de 70. O prédio ressente-se de graves defeitos de Hygiene pedagogica e é insuficiente para o numero de alumnos que o freqüenta. … Notei disciplina na escola, apesar das dificuldades de fiscalização”.

Os problemas de “Hygiene pedagogica” possivelmente estavam relacionados com o número de alunos e as duas salas pequenas.

Em 1928, com a construção do Grupo Escolar D. Pedro II, mais adiante na mesma Rua Bispo Dom José, o já então Grupo Escolar Cruz Machado foi desativado.
Mais tarde passou a ser uma delegacia e hoje em dia continua sendo ocupado pela secretaria de segurança.

Publicação relacionada:

Referências:

quinta-feira, 28 de julho de 2022

Uma com capelinha e ornamento de ferro na Lamenha Lins

Casa na Rua Laemnha Lins
Casa na Rua Laemnha Lins - fachada
Casa na Rua Laemnha Lins - detalhe ornamento de ferro
Casa na Rua Laemnha Lins  detalhe capelinha

Meio escondida pela árvore, a fachada dessa casa na Rua Lamenha Lins é bem bonita. Com direito a ornamento de ferro e capelinha.

quarta-feira, 27 de julho de 2022

Iguaçu 750

Casa na Avenida Iguaçu
Casa na Avenida Iguaçu - detalhe

Quando fotografei essa casa na Avenida Iguaçu, ocupada por um órgão ligado ao poder judiciário do estado, reparei na decoração da fachada, com elementos geométricos que remetem ao art déco. Depois, já em casa, notei a delicadeza do desenho nas grades das janelas.

terça-feira, 26 de julho de 2022

Uma casa na José de Alencar

Uma casa na Rua José de Alencar
Uma casa na Rua José de Alencar - detalhes segundo andar

Essa é outra daquelas casas que passei em frente de carro muitas vezes, mas que só fui reparar quando andei com calma pela região.
Localizada na Rua José de Alencar a casa tem um fachada bem bonita. Telhadinho de proteção na janela e na entrada da varanda. Capelinha e decoração no segundo andar lembrando as construções em enxaimel. Mudança no ângulo de caimento dos telhados e um chanfro no cume. Detalhes interessantes e que fazem diferença no aspecto geral da casa.

segunda-feira, 25 de julho de 2022

Uma fachada bonita na Lamenha Lins

Casa na Rua Lamenha Lins com um fachada bonita

Casa na Rua Lamenha Lins - detalhe platibanda com ornamento de ferro

Muito bacana a fachada dessa casa na Rua Lamenha Lins.
Janelas diferentes uma da outra, a platibanda com um desenho bonito, telhas protetoras, urna esférica e ornamento de ferro. A entrada também em arco, como uma das janelas. Repare no acabamento em relevo, no lado da entrada, terminando em uma espiral.
Gostei também do desenho do grafite, mesmo preferindo-os em paredes mortas ou muros.

sexta-feira, 22 de julho de 2022

Um relógio na Cons. Carrão

Casa com um relógio no frontão na Rua Cons. Carrão
Casa com um relógio no frontão na Rua Conselheiro Carrão
Casa com um relógio no frontão na Rua Cons. Carrão - detalhe

Casa na Rua Conselheiro Carrão, esquina com a Rua Sete de Abril, onde está instalado um bar.
Naturalmente, o que chama a atenção é o relógio no bonito frontão.
Não sei se o relógio funciona, quando fotografei não funcionava.

João da Silva Carrão

João da Silva Carrão, o Conselheiro Carrão, nasceu em Curitiba em 14 de maio de 1810, onde iniciou os seus estudos. Filho de do capitão Antonio José da Silva Carrão (ou Carram) e Ana Maria Cortez. Formou-se me Direito na Faculdade de São Paulo. Presidente da Província do Pará (outubro de 1857 a maio de 1858), e a Provìncia de São Paulo (agosto de 1865 a março de 1866), deputado provincial, deputado geral, ministro da Fazenda e senador do Império (1880-1888). Foi também jornalista, professor universitário 
Faleceu no Rio de Janeiro em 4 de junho de 1888.

Veja outras publicações que saíram no blog com a etiqueta “relógio”.

Referências:

quinta-feira, 21 de julho de 2022

Um predinho na Lamenha Lins

Pequeno edifício na Rua Lamenha Lins

Pequeno edifício na Rua Lamenha Lins, com alguns elementos do art déco no seu desenho. Bem simpático.

quarta-feira, 20 de julho de 2022

Busto do Barão do Serro Azul na Praça Miguel Couto

Herma com o busto do Barão do Serro Azul
Herma com o busto do Barão do Serro Azul na Pracinha do Batel

Herma com o busto do Barão do Serro Azul na Praça Miguel Couto, também conhecida como Pracinha do Batel.

Na placa de bronze está escrito:

“HOMENAGEM DO POVO
AO
BARÃO DO SERRO AZUL
GRANDE VIDA DEVOTADA
AO BEM-PÚBLICO
À ORDEM E AO PROGRESSO
DO PARANÁ
NO CINCOENTENÁRIO
DO SEU FALECIMENTO
1894 - 20 DE MAIO - 1944”

Em outra placa, está escrito:

“–
ILDEFONSO PEREIRA CORREIA
BARÃO DO SERRO AZUL
FUNDADOR DA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DO PARANÁ
RECONHECIDO COMO HERÓI NACIONAL
EM 16/12/2006, COM O NOME INSCRITO NO
LIVRO DOS HERÓIS DA PÁTRIA, DEPOSITADO
NO PANTEÃO DA LIBERDADE E DA DEMOCRACIA,
EM BRASÍLIA, POR DEFENDER OS INTERESSES
DA COMUNIDADE PARANAENSE.”

Lembrando que o Engenho Tibagy, de propriedade do Barão, estava localizado no fundo da herma, mais ou menos ali onde tem aquele edifício (se é que não ocupava uma parte da pracinha). O Engenho Tibagy “foi a primeira fábrica de Curitiba totalmente mecanizada, impulsionada a vapor e empregada no beneficiamento da erva-mate.”

O autor da escultura do busto foi João Turin (1878-1949).

Engenho Tibagy

 Engenho Tibagy


Publicações relacionadas:

Referência:

terça-feira, 19 de julho de 2022

Praça Miguel Couto

Praça Miguel Couto (Pracinha do Batel)
Praça Miguel Couto (Pracinha do Batel)
Praça Miguel Couto (Pracinha do Batel)
Praça Miguel Couto (Pracinha do Batel)

A Praça Miguel Couto (também conhecida como Pracinha do Batel) é delimitada por um lado pela Rua Gonçalves Dias e pelo outro pela Avenida do Batel/Rua Bispo Dom José. Em 2007, depois de muita polêmica, a praça foi cortada ao meio por um prolongamento da Rua Carneiro Lobo, visando ligá-la à Rua Desembargador Costa Carvalho.
Segundo a prefeitura tratava-se de uma obra que fazia parte de um projeto para melhorar o transito na região e a ligação entre o bairro Água Verde e o Bigorrilho. Segundo outros, as obras visavam apenas a beneficiar a instalação de um centro comercial nas proximidades.

Miguel Couto


Miguel de Oliveira Couto, nasceu no Rio de Janeiro em 1 de maio de 1865 e faleceu na mesma cidade em 6 de junho de 1934.
Filho de Francisco de Oliveira Couto e de Maria Rosa do Espírito Santo. Teve dois filhos, Miguel Couto Filho e Elza Couto Bastos Netto.
Formado em medicina em 1883 na Academia Imperial de Medicina, foi professor universitário, médico e pesquisador destacado, com diversas pesquisas publicadas. Também defendeu a educação pública.
Em 1916 foi eleito para a Academia Brasileira de Letras.
Foi eleito pelo Rio de Janeiro, então Distrito Federal, para a Assembléia Nacional Constituinte, instalada em novembro de 1933, que resultaria na Constituição de 1934. Na Assembléia apresentou uma emenda visando proibir a imigração japonesa. No final foi aprovada (com ampla maioria) uma versão sem mencionar raça ou nacionalidade, estabelecendo cotas de 2% do total de imigrantes que entraram no país nos últimos cinquenta anos, também proibindo a concentração dos imigrantes em um único local.

Publicação relacionada:

Referências:

segunda-feira, 18 de julho de 2022

sexta-feira, 15 de julho de 2022

+2 edifícios pequenos na Mal. Floriano

Edifício na Av. Mal. Floriano Peixoto

Edifício na Av. Mal. Floriano Peixoto

Outros dois pequenos edifícios na Avenida Marechal Floriano Peixoto.
Já comentei, gosto das proporções desses predinhos e eles não criam uma paisagem sem graça, principalmente quando intercalados com casa. A iluminação da rua fica melhor e não criam tantas sombras, como anda acontecendo ao longo das vias expressas e estruturais., onde estão surgindo “paredes” de concreto e vidro.

Publicações relacionadas:

quinta-feira, 14 de julho de 2022

K

Casa na Rua Gonçalves Dias

Bacana a pintura desse negócio de comidas na Rua Gonçalves Dias. Gostei da combinação de cores e do uso de curvas na pintura. Sem contar a vitrine no segundo andar, muito bonita.

quarta-feira, 13 de julho de 2022

Alm. Tamandaré com Simão Bolivar

Casa na Rua Almirante Tamandaré, esquina com a Rua Simão Bolivar. - vista de perfil
Casa na Rua Almirante Tamandaré, esquina com a Rua Simão Bolivar. - fachada para a Alm. Tamandaré
Casa na Rua Almirante Tamandaré, esquina com a Rua Simão Bolivar - detalhe porta
Casa na Rua Almirante Tamandaré, esquina com a Rua Simão Bolivar - fachada para a Simão Bolivar
Casa na Rua Almirante Tamandaré, esquina com a Rua Simão Bolivar - detalhe platibanda e ornamento de ferro

Casa na Rua Almirante Tamandaré, esquina com a Rua Simão Bolivar.
Com elementos geométricos decorando a frontaria, platibanda com relevos diferentes e proteção de telhas em goiva, mansarda, uma porta em arco com grade decorativa e ornamentos de ferro.
Fiquei pensando sobre como foi a ocupação inicial dessa casa, teria sido algum negócio com a residência anexa? Ou só uma grande residência?

terça-feira, 12 de julho de 2022

Uma casa na Gonçalves Dias

Casa na Rua Gonçalves Dias

Tinha visto uma foto dessa casa no blog do Washington Takeuchi e um dias desses, levando a minha esposa para um exame de vista em um clínica ali perto, estacionei quase em frete dela, na Rua Gonçalves Dias.
A casa é bem bacana, com arcos na varanda, a escada em cone e a decoração com pedras, sem contar o capricho do jardim. Reparei também no muro, com pedras e gradinha decorativa e o portão com desenhos bem bonitos.

segunda-feira, 11 de julho de 2022

A decoração na fachada

Casa na Rua Lamenha Lins com decoração na fachada

Casa na Rua Lamenha Lins - detalhe da decoração

Casa na Rua Lamenha Lins - detalhe

Na fachada dessa casa na Rua Lamenha Lins os desenhos geométrico da decoração chamaram a atenção. Fiquei com a impressão que o lado superior direito foi ampliado e que originalmente havia uma espécie de “degrau” na parte superior. Bacana.

É interessante observar a evolução dessas decorações de fachadas. Antes as linhas eram curvas, floreadas e com o tempo foram mudando para desenhos retos, geométricos; até chegarem em um ponto em que a decoração de fachada quase que sumiu.

sexta-feira, 8 de julho de 2022

Outra UIP na Bispo D. José

Casa na Rua Bispo Dom José. É uma unidade de Interesse de Preservação.
Casa na Rua Bispo Dom José - detalhe portal de entrada
Casa na Rua Bispo Dom José . detalhe janelas e decoração
Casa na Rua Bispo Dom José - detalhe janela em arco e decoração
Casa na Rua Bispo Dom José - detalhe da platibanda
Casa na Rua Bispo Dom José
Casa na Rua Bispo Dom José - detalhe da grade na varanda
Casa na Rua Bispo Dom José - vista perfil

Outra Unidade de Interesse de Preservação na Rua Bispo Dom José.
Com o exterior bem conservado e uma fachada bem bonita. Repare também nas grades.
Quando será que foi construída? Quem morou nela?
Fico um pouco frustado quando não consigo maiores informações sobre essas UIP. Para compensar, podemos descobrir que foi o Bispo Dom José.

Bispo Dom José


José de Camargo Barros, filho de João Batista de Camargo Barros e de Gertrudes de Assunção Camargo, nasceu em Indaiatuba (SP) em 24 de abril de 1858. Foi o primeiro bispo de Curitiba e o 12º de São Paulo.
Estudou em Itu, Sorocaba e no Seminário Episcopal do Ipiranga, em São Paulo.
Em 13 de março de 1883 foi ordenado sacerdote na Capela do Seminário, em Curitiba. Foi professor no Seminário em Curitiba e mais tarde pároco na matriz de Santa Efigênia, em São Paulo.
Escritor fundou diversas publicações. (“O Lidador”, o “Boletim Eclesiástico”, o “Mensageiro de Santo Antônio” , “O Cruzeiro do Sul”, “A Sineta de Deus” e “A Estrela”.)
Em 16 de janeiro de 1894, aos 35 anos, foi nomeado o primeiro Bispo de Curitiba. Sua sagração episcopal  foi em no dia 24 de junho de 1894, em Roma.
Retornou ao Brasil, passou por São Paulo e no dia 30 de setembro de 1894 fez a entrada solene na Catedral de Curitiba.
Em 9 de novembro de 1903 foi nomeado bispo de São Paulo.
Faleceu em 4 de agosto de 1906, aos 48 anos, no naufrágio do navio “Sírio”, no litoral da Espanha, próximo ao Cabo de Palos. Estava retornando de um viagem à Roma, onde esteve para uma visita ad limina ao Papa. Seu corpo não foi encontrado, mas ganhou um memorial fúnebre (cenotáfio) na cripta da Catedral de São Paulo.¹

Acabei descobrindo que a casa pertenceu a Roberto Kosop.²
texto complementado em 15 jul. 2023
Referência: