terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

Praça Carlos Gomes

Panorâmica da Praça Carlos Gomes

Na foto uma panorâmica da Praça Carlos Gomes.

Antigamente o local era só um campo cortado pelo Rio Ivo e era usado por lavadeiras, que as roupas para corar após lavá-las no rio.

Em 1870 o local ainda era fora da cidade, uma passagem para quem vinha do sul. Dizem que havia no local uma cruz, conhecida como “Cruz das Almas” e a região era conhecida como “Campo da Cruz das Almas”.

Nos fins de 1870 Maurício Lee Swain, um engenheiro americano, e sua esposa Sophia foram morar no local.
Em 1884 o terreno foi desapropriado e no lugar foi demarca da Praça Sete de Setembro.
Em 12 de setembro de 1890, depois da implantação do regime republicano, o local passou a ser chamado de “Praça da Proclamação”.

Em 1896 finalmente recebeu o nome atual, em homenagem ao compositor Carlos Gomes.

Em 1906, depois do Rio Ivo ser canalizado, abriram uma rua ligando a Praça à Rua Doutor Muricy e foi feito ajardinamento.
Nesse período estava instalado no local o o Quartel-general do 5º Distrito e a praça era utilizada para exercícios militares. No prédio onde estava o quartel, mais tarde (1910) foi instalada a “Escola de Aprendizes e Artífices” (que acabou virando a UTFPR - Universidade Tecnológica Federal do Paraná).

Durante a gestão do prefeito Cândido de Abreu, a praça recebeu melhorias (um lago, queda d’água e um abrigo para cisnes, que tinha a forma da torre de um castelo) e a praça reformada foi reinaugurada em 21 de outubro de 1914.

Em 1925 foi instalada uma herma em bronze, de autoria de João Turin, do compositor Carlos Gomes.

O entorno da praça foi local de diversos casarões, entre eles um conhecido como “Chalé Verde”, onde morava o Dr. Vitor Ferreira do Amaral.

Em 1942, na esquina da Avenida Marechal Floriano Peixoto com a Rua Pedro Ivo, os Irmãos Queirolo instalaram o “Pavilhão Carlos Gomes”, uma estrutura como a de um circo. No local apresentavam números circenses, peças teatrais, apresentações de bandas musicais e cantores e projeção de filmes.
O local foi destruído por uma enchente em 1944 e acabou sendo demolido mais tarde.

Referência:
Boletim Casa Romário Martins. Praças de Curitiba: espaços verdes na paisagem urbana. Curitiba: Fundação Cultural de Curitiba, v. 30, n. 131, set., 2006. 200 p.